Terenos, um microcosmo da (in)capacidade administrativa?
- porPor Alcina Reis
- 14 de Agosto / 2024
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| Créditos: Foto: Reprodução/Hora Notícias
Em meio ao burburinho eleitoral de Campo Grande, um nome ecoa com mais força do que os alto-falantes de campanha: Beto Pereira. Candidato tucano à prefeitura, Pereira carrega consigo não apenas promessas de um futuro melhor, mas também um passado nebuloso em Terenos, cidade onde já exerceu o cargo de prefeito.
Denúncias do TCE-MS, envolvendo irregularidades em licitações e contratos, pintam um quadro preocupante. A sombra da devolução de recursos e suspensão de contratos paira sobre Pereira, levantando questionamentos sobre sua capacidade de gerir uma capital do porte de Campo Grande.
Afinal, se a administração de uma cidade com pouco mais de 17 mil habitantes já resultou em tantos problemas, como esperar que ele lide com os desafios de uma metrópole com quase 900 mil pessoas? Seria Terenos um microcosmo daquilo que Campo Grande pode esperar?
Campo Grande pode se dar ao luxo de ser um laboratório para um gestor em aprendizado?
Se considerarmos a hipótese de que todas as falhas em Terenos foram meramente fruto de inexperiência administrativa, a pergunta persiste: como alguém com tal histórico conseguiria administrar uma capital tão complexa? A administração de uma cidade do porte de Campo Grande exige não apenas habilidades de gestão, mas uma capacidade comprovada para lidar com questões em larga escala e complexidade.
Embora ainda não haja uma decisão judicial definitiva sobre as denúncias, elas já têm o efeito de colocar em xeque não apenas a competência de Beto Pereira como gestor, mas também o futuro que os campo-grandenses podem esperar sob sua liderança. O que está em jogo é mais do que uma simples eleição; é a garantia de uma administração eficiente e transparente para a capital de Mato Grosso do Sul.
O futuro de Campo Grande está em jogo. A escolha nas urnas definirá não apenas o próximo prefeito, mas também o rumo da cidade nos próximos anos. Que os campo-grandenses estejam atentos e façam uma escolha consciente, baseada em fatos e não em discursos bonitos. Afinal, o futuro da cidade depende disso.
Por Alcina Reis
Jornalista Alcina Reis | Créditos: Arquivo pessoal