Tebet suspende projeto de Pochmann no IBGE e busca alternativas para financiamento do instituto

| Créditos: REUTERS/Pilar Olivares

Em meio à crescente tensão entre servidores e a presidência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, determinou a suspensão temporária da Fundação de Apoio à Inovação Científica e Tecnológica do IBGE (IBGE+). A iniciativa, proposta pelo presidente do IBGE, Marcio Pochmann, visava ao desenvolvimento institucional e à ampliação das fontes de recursos para o órgão.

A decisão foi comunicada pelo Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO) nesta quarta-feira (29/1), após Pochmann atribuir as críticas à sua gestão ao “subfinanciamento” do órgão. O presidente do IBGE afirmou que a instituição enfrenta dificuldades financeiras, com cortes de água e luz, e que a fundação permitiria a captação de recursos adicionais para pesquisa e inovação.

No entanto, a criação da IBGE+ deflagrou uma nova crise interna no instituto, com servidores criticando a medida e a gestão de Pochmann. A relação entre a cúpula da entidade e o sindicato já estava deteriorada desde agosto de 2024, quando houve a determinação de retorno ao trabalho presencial para os funcionários que estavam de home office desde a pandemia.

Em nota, o MPO informou que "frente a esse desafio, estão sendo mapeados modelos alternativos que podem ensejar alterações legislativas, o que requererá um diálogo franco e aberto com o Congresso Nacional". A pasta ressaltou ainda que qualquer decisão sobre o assunto será tomada após debate no IBGE e com o Executivo e o Legislativo.

O MPO garantiu apoio ao IBGE, por meio da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025, para a formulação do Censo Agropecuário, Florestal e Aquícola, incluindo treinamento de pesquisadores e contratações. A LOA deste ano ainda não foi aprovada pelo Congresso Nacional, o que deverá acontecer em fevereiro.

Fonte: Metrópoles

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