Tebet descarta candidatura ao governo de MS em 2026, mas não exclui retorno ao Senado
- porRedação
- 16 de Junho / 2025
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| Créditos: WASHINGTON COSTA/MPO
Ministra do Planejamento afirma que pretende permanecer no governo até o fim do mandato de Lula, mas avalia cenário político para 2026
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou que não disputará o governo de Mato Grosso do Sul em 2026, reafirmando seu compromisso de continuar no cargo até o final da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No entanto, deixou em aberto a possibilidade de concorrer ao Senado, caso haja necessidade de fortalecer partidos moderados.
Em entrevista à GloboNews na quarta-feira (12), Tebet declarou: "Sou candidata a continuar servindo o Brasil". A ministra elogiou o governador Eduardo Riedel (PSDB) e confirmou apoio à sua reeleição. Sobre seu futuro, disse que permanecerá no ministério se Lula assim desejar, mas admitiu que uma candidatura ao Senado poderá ser considerada dependendo do cenário político.
Preços dos alimentos devem cair nos próximos 30 dias, prevê Tebet
A ministra expressou otimismo quanto à redução nos preços de alimentos nas próximas semanas. Questionada sobre a tendência de alta registrada em 2023, Tebet afirmou que medidas como a isenção de impostos sobre importações de carne podem pressionar os produtores locais a aumentar a oferta e reduzir valores.
"Há um efeito moral: se a importação está isenta, os produtores podem priorizar o mercado interno para evitar concorrência externa", explicou.
Ministra critica excesso de emendas parlamentares e alerta para risco de desgaste político
Tebet classificou o volume atual de emendas parlamentares como preocupante, alertando que o descontrole pode levar a situações extremas. "Já vi esse filme antes. Em nenhum país o Legislativo tem tanto poder de investimento quanto o Executivo", disse.
A ministra também manifestou preocupação com o surgimento de candidatos outsiders nas eleições de 2026, defendendo a importância da política tradicional para evitar propostas radicais.
Integração sul-americana e rota bioceânica são prioridades, diz Tebet
A ministra destacou avanços na integração econômica da América do Sul, citando a rota bioceânica como estratégica para ampliar o comércio com a China. "Reduziremos em 10 mil quilômetros a distância de escoamento, barateando nossos produtos", afirmou.
Tebet ressaltou a complementaridade entre Brasil e Bolívia, com trocas comerciais que beneficiam ambos os países.
Ajuste fiscal só em 2026, prevê ministra
Apesar de defender maior controle de gastos, Tebet reconheceu que um ajuste fiscal mais rigoroso só será viável após 2026, devido à resistência política em ano eleitoral. "O Congresso não priorizou o fiscalismo como esperávamos", admitiu.
A ministra defendeu que, independentemente do próximo presidente, será necessário equilibrar as contas para conter inflação e dívida pública.