O governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) vetou totalmente o projeto de lei que previa a mudança do nome da Estação Guarulhos-Cecap da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) para Mamonas Assassinas. A justificativa para o veto foi publicada no Diário Oficial do estado desta quinta-feira (25/4).
A estação na Grande São Paulo faz parte da Linha 13-Jade da CPTM, por onde passa o Expresso Aeroporto.
Tarcísio de Freitas justificou o veto com razões técnicas e jurídicas. Entre elas, a de que a CPTM detém autonomia para gerir os bens que integram o seu patrimônio, dentre os quais se incluem suas estações, “que não se equiparam a prédios ou repartições públicas”, diz o texto.
A CPTM, consultada pelo governo do estado, explicou que a definição do nome das estações segue conceitos e critérios técnicos que enfocam aspectos referentes às condições históricas e geográficas da região. Também são considerados os pontos referenciais que tenham relação com a história local ou que tenham significado para a população e que sejam de aceitação popular.

A estação Gaurulhos-Cecap “foi inaugurada em março de 2018, de modo que sua nomenclatura está plenamente consolidada, tanto local como em toda a rede metropolitana”, justifica o governador.

Tarcísio ainda argumenta que a mudança de nome vai contra os interesses públicos por acarretar “elevados custos” em decorrência da necessária troca da comunicação visual.

A homenagem à banda foi proposta em 2019 pelo deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor (Republicanos), líder do governo na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

Os integrantes do Mamonas Assassinas morreram em um acidente aéreo na Serra da Cantareira há 28 anos, em março de 1996, depois de fazer um grande sucesso após o lançamento de seu disco de estreia, em junho do ano anterior. O grupo era formado por Dinho, Bento Hinoto, Samuel Reoli, Sérgio Reoli e Júlio Rasec, todos da cidade de Guarulhos, na Grande São Paulo.