Tabosa sobre tentativas de Beto Pereira de evitar inelegibilidade: ‘Quem tem amigo, não morre pagão’”

| Créditos: Foto: Assessoria

A reprovação das contas públicas do deputado federal Beto Pereira, pré-candidato à prefeitura de Campo Grande pelo PSDB, não deve influenciar significativamente a corrida eleitoral no momento, segundo o vereador Tabosa (PP). Ele observa que as três decisões liminares favoráveis ao candidato tucano, que suspenderam temporariamente as condenações, diminuem o impacto da situação na disputa eleitoral.

Tabosa refere-se ao contexto em que Beto Pereira obteve liminares preventivas de conselheiros nomeados pelo ex-governador Reinaldo Azambuja, presidente regional do PSDB. "Quem tem amigo não morre pagão. Isso aí não vai dar nada não. Ele é amigo do rei. Infelizmente, quem é amigo do rei tem tudo", comentou o parlamentar, que apoia a prefeita e candidata à reeleição, Adriane Lopes (PP).

Contas Reprovadas

O TCE-MS (Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul) incluiu Beto Pereira na lista de políticos com contas públicas reprovadas por decisões irrecorríveis, devido a irregularidades em contratos e decisões tomadas durante seu mandato como prefeito de Terenos. O ex-prefeito enfrenta três processos já transitados em julgado e está tentando adiar o pagamento de uma das multas.

Para contestar as condenações, Beto Pereira recorreu a conselheiros nomeados por Reinaldo Azambuja, incluindo Márcio Monteiro, Flávio Kayatt e Leandro Lobo Ribeiro Pimentel, que suspenderam temporariamente as condenações. As decisões, concedidas em 15 de julho, pouco antes da publicação oficial, levantam suspeitas sobre a validade das decisões e a isenção dos conselheiros, que foram indicados por Beto Pereira em 2017, quando era deputado estadual.

Situação Atual

A lista oficial do TCE-MS, divulgada em 22 de julho, confirma que Beto Pereira teve suas contas rejeitadas por irregularidades insanáveis. O presidente do TCE-MS, conselheiro Jerson Domingos, confirmou que a inclusão de Beto na lista é devido a contas reprovadas durante seu mandato como prefeito de Terenos.

Enquanto Campo Grande, com seus 898 mil habitantes e uma receita prevista de R$ 6,5 bilhões para 2023, enfrenta um cenário eleitoral competitivo, Terenos possui apenas 17 mil habitantes e um orçamento de R$ 136 milhões. Segundo a legislação brasileira, a reprovação de contas ou condenação por um colegiado pode levar à inelegibilidade, colocando Beto Pereira na mesma situação de ex-prefeitos como Alcides Bernal e Gilmar Olarte. A decisão final sobre sua elegibilidade será definida pelo TRE-MS.

Com informações do Midiamax

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