Tabacaria no Jardim Leblon gera revolta: Moradores se queixam de perturbação e vandalismo

| Créditos: Nathalia Alcântara, Midiamax

Moradores do Jardim Leblon, localizado em Campo Grande, enfrentam problemas constantes causados por uma tabacaria na região, situada próxima à Avenida Manoel Joaquim Moraes. Perturbações como algazarra, barulho excessivo e conflitos têm se tornado uma ocorrência quase diária, afetando a tranquilidade dos residentes locais.

Na noite de quinta-feira (29), a situação atingiu um novo ápice quando a polícia foi chamada para conter uma briga generalizada em frente à tabacaria. Ao chegar ao local, os policiais se depararam com motociclistas obstruindo a passagem e foram recebidos com hostilidade, sendo necessário o uso de granadas de gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar a multidão.

Na manhã seguinte, vestígios da confusão ainda podiam ser vistos, com garrafas de bebida alcoólica espalhadas pela rua e calçada. Uma moradora de 72 anos, que reside com sua filha, expressou sua frustração, relatando que a venda de sua casa tem sido dificultada pela situação do local. "Eu não posso mentir quando me perguntam sobre a tranquilidade da área, e é por isso que não consigo vender há quatro anos", lamentou.

A situação é tão grave que os moradores têm dificuldade para dormir, recorrendo a fones de ouvido e ventiladores para abafar o som ensurdecedor que ecoa pelas ruas, além de terem que lidar com o lixo deixado nas calçadas e o odor de urina nos portões.

A origem do problema remonta à herança do local pelo neto da idosa, que antes funcionava como um barzinho para amigos, mas agora se tornou um ponto de encontro para consumo de bebidas e drogas, com disputas de músicas em alto volume e rachas durante a noite. "Já ouvimos falar de diversas brigas, mortes e pessoas esfaqueadas", lamentou a moradora.

Outros residentes compartilham do mesmo sentimento de indignação, como um casal de idosos, ambos com mais de 70 anos, que vive na região há décadas. Apesar do amor pela localidade, eles se sentem obrigados a considerar a mudança devido à situação insustentável. "Este é o bairro onde cresci, onde vivi toda minha vida. Eu não quero sair daqui, mas está se tornando impossível. Eles até cortam os fios das câmeras de segurança das lojas", relatou a moradora.

Em uma tentativa de encontrar uma solução para o problema, os moradores e comerciantes locais organizaram um abaixo-assinado, contando com mais de 150 assinaturas, que foi entregue às autoridades competentes, incluindo o presidente do bairro, a prefeitura e o Comando da Polícia Militar. No entanto, até o momento, não obtiveram uma resposta satisfatória.

"A polícia é acionada quase todos os dias. Eu só consigo dormir com um pano molhado tapando a porta, pois estou tossindo muito e o médico disse que pode ser alergia à fumaça dos cigarros e narguilés que eles fumam. Eu não posso nem desfrutar da minha varanda à noite ou jantar lá fora", desabafou uma das moradoras.

Com informações do Midiamax

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