Suspensão de escolta do ex-juiz Odilon de Oliveira volta a ser destaque nacional
- porRedação
- 03 de Junho / 2024
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| Créditos: Emiliano Capozoli/Revista Época
A necessidade de proteção constante para autoridades ameaçadas foi destaque no programa Domingo Espetacular da Rede Record neste domingo (02). Entre os casos discutidos, está o do ex-juiz federal Odilon de Oliveira, de Mato Grosso do Sul, que enfrenta ameaças decorrentes de sua atuação na magistratura, onde condenou muitos dos criminosos mais perigosos do país.
Mesmo aposentado, Odilon continua a ser alvo de ameaças e afirma precisar de proteção 24 horas por dia. Após perder o direito à escolta da Polícia Federal, ele revelou que não tem condições de pagar uma equipe de segurança particular.
"Não posso pagar segurança com a minha aposentadoria. Eu não digo que é injustiça, vou além, é uma grande covardia da Justiça Federal", declarou.
| Créditos: Reprodução/Vídeo/Tv Record
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Odilon reforçou a necessidade de segurança após sua casa em Campo Grande após ser invadida por um criminoso que, mesmo com todas as medidas de segurança, conseguiu escalar o muro e entrar pela janela do lavabo. O invasor fugiu e até hoje não foi identificado.
| Créditos: Reprodução/Vídeo/Tv Record
A decisão de retirar a escolta foi baseada em uma deliberação de 2018 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que considerou que as ameaças à integridade física de Odilon não justificavam a presença constante de agentes da Polícia Federal. A resposta do CNJ à reportagem da Record reiterou essa posição.
| Créditos: Reprodução/Portal Palotina
Uma das ameaças de morte que recebeu do então rei da fronteira Jorge Rafaat | Créditos: Emiliano Capozoli/ÉPOCA
Durante sua carreira, Odilon colecionou condenações de traficantes influentes, como Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, e Luiz Carlos da Rocha, o Cabeça Branca. Também condenou Jorge Rafaat Toumani, assassinado em 2016, que lhe enviou um bilhete ameaçador. Facções criminosas como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV) ofereceram recompensas pela sua morte.
| Créditos: Emiliano Capozoli/Revista Época
Odilon aposentou-se em setembro de 2017 e posteriormente candidatou-se ao governo. Na mesma época, solicitou a manutenção e ampliação da escolta, mas o pedido foi negado. A decisão alegou que a escolta permanente criaria uma vantagem eleitoral indevida.
Em resposta à decisão do CNJ, Odilon argumentou que o risco de vingança permanece, independentemente de sua nova atividade.
"O sujeito trabalha a vida inteira tentando proteger a sociedade, arriscando a vida, e, quando se aposenta, é jogado na boca dos leões", desabafou