Subprocurador pede suspensão de suspensão e bloqueio de bens militares indiciados por golpe de Estado

| Créditos: Reprodução/Revista Veja/Cristiano Mariz

O subprocurador-geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Furtado, solícito, nesta sexta-feira (22), a suspensão do pagamento dos contratos de 25 militares ativos e da reserva do Exército indicados pela Polícia Federal (PF) por envolvimento em tentativa de golpe de Estado.

Entre os citados estão o ex-presidente Jair Bolsonaro, capitão reformado, com salário bruto de R$ 12,3 mil; o general da reserva Augusto Heleno, que recebe R$ 36,5 mil; o tenente-coronel Mauro Cid, com remuneração de R$ 27 mil; e o general da reserva Braga Netto, com vencimentos de R$ 35,2 mil.

Furtado argumenta que o pagamento dos lucros aos indiciados representa um custo de R$ 8,8 milhões por ano aos cofres públicos. Em sua manifestação, ele destacou que a manutenção desses pagamentos seria incoerente, considerando as acusações contra os envolvidos.

“O Estado está dependendo de recursos públicos com a remuneração de agentes que, segundo a investigação, tramaram contra esse próprio Estado para instaurar uma ditadura”, afirmou o subprocurador na representação enviada ao tribunal.

Além disso, Furtado pediu o bloqueio de bens no valor de R$ 56 milhões dos 37 indiciados pela PF e o compartilhamento do inquérito, que segue sob segredo de justiça, com o TCU. Segundo ele, os prejuízos aos cofres públicos, estimados em R$ 56 milhões, estão relacionados aos danos causados ​​aos patrimônios públicos durante os atos de 8 de janeiro de 2023.

De acordo com o TCU, ainda não há processo aberto para avaliar a suspensão das revisões das indicações militares.

 

Fonte: Agência Brasil 

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