O Superior Tribunal de Justiça (STJ) está prestes a tomar uma decisão crucial envolvendo o conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE-MS), Ronaldo Chadid. Nesta quarta-feira (5), está previsto o julgamento que pode resultar na transformação de Chadid em réu, após quatro adiamentos consecutivos.

Além de Chadid, a assessora Thais Xavier também está sob escrutínio nesta denúncia que envolve alegações de lavagem de dinheiro. O processo, inicialmente pautado para 15 de maio, foi adiado repetidamente, mas agora enfrenta a possibilidade de uma resolução.

O julgamento, sob a presidência do ministro Og Fernandes, contou com argumentações da defesa de Chadid, representada por Gustavo Henrique Badaró, e da advogada de Thais Xavier, Nara Nishizawa. Badaró enfatizou a incerteza sobre a origem dos fundos, enquanto Nishizawa destacou a suposta falta de conhecimento de sua cliente sobre o conteúdo do material incriminatório.

No entanto, apesar dos argumentos apresentados, os ministros do STJ rejeitaram um recurso da defesa, indicando uma possível decisão favorável ao recebimento da denúncia e consequente transformação de Chadid em réu. O ministro Luis Felipe Salomão sugeriu adiar a sessão para analisar detalhes específicos das acusações.

A nova denúncia, que amplia as acusações de lavagem de dinheiro contra Chadid e Thais Xavier, vem em um contexto de investigações em andamento desde a Operação Terceirização de Ouro, que resultou no afastamento dos membros do TCE-MS em dezembro de 2022.

O MPF alega ter encontrado mais de R$ 1,6 milhão em espécie nas residências dos envolvidos, argumentando a necessidade de aditamento da denúncia para refletir a gravidade total das acusações. A decisão final, no entanto, ficará a cargo da Corte Especial do STJ.