Três servidores do governo de Mato Grosso do Sul continuam em Tel Aviv, à espera de autorização para sair do território israelense, enquanto os conflitos entre Israel e Irã se intensificam. Inicialmente, cogitou-se um voo fretado ou escolta terrestre até a Jordânia, mas a decisão agora depende exclusivamente do governo israelense, que segue um cronograma prioritário para evacuações.

Entre os retidos estão o secretário-executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação, Ricardo Senna, a secretária-adjunta da SES, Crhistinne Maymone, e o responsável pelo setor de tecnologia, Marcos Espíndola. Eles não foram incluídos no primeiro grupo de brasileiros liberados para deixar o país. De acordo com o governo estadual, a expectativa é que embarquem na próxima leva, assim que houver aval das autoridades locais.

Em vídeo divulgado nesta terça-feira (17), Senna afirmou que o grupo está seguro e segue os protocolos de emergência. "Nesta madrugada, houve quatro ataques, todos interceptados pela defesa israelense. Nosso foco agora é encontrar uma forma segura de retornar ao Brasil o mais breve possível", disse.

A comitiva estava em missão oficial, encerrada no dia 14 de junho, organizada pelo Consórcio Brasil Central a convite do governo israelense. Durante a viagem, os servidores se reuniram com autoridades, incluindo o presidente Isaac Herzog, e visitaram projetos nas áreas de segurança pública, saúde, tecnologia e agricultura.

Os custos da permanência e do eventual retorno estão sendo arcados por Israel, mas a data e o meio de transporte ainda dependem da avaliação das condições de segurança, incluindo a liberação do espaço aéreo e rotas terrestres. Enquanto isso, os servidores permanecem em um hotel em Tel Aviv, acompanhados por representantes da embaixada brasileira, que negociam diariamente com as autoridades locais.