Na antecipação da visita do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à unidade da JBS em Campo Grande, uma série de medidas de segurança foram implementadas, afetando até mesmo a rotina dos funcionários da empresa. Ambulâncias, veículos do Batalhão de Choque da Polícia Militar e da Polícia Federal, além de motocicletas do Exército e militares, ocuparam o estacionamento do frigorífico na tarde de quinta-feira (11).

Enquanto os preparativos para a cerimônia avançavam, testemunhas observaram uma espécie de "ensaio" das posições das forças de segurança e equipes médicas. O setor de Recursos Humanos suspendeu novas contratações e exames admissionais, direcionando os convocados a retornarem na segunda-feira (15).

A maior preocupação dos trabalhadores é o acesso ao local, com a possibilidade de interrupção do trânsito na manhã de sexta-feira, quando está agendada a visita de Lula para as 9h. A PRF não confirmou oficialmente a interrupção no tráfego, mantendo as informações sobre segurança em sigilo.

Apesar da presença da Polícia Rodoviária Federal no local, não há confirmação sobre a rota que Lula utilizará para chegar à JBS. No entanto, indícios sugerem que o trajeto será feito pelas ruas de Campo Grande, visto que veículos descaracterizados da PF e do GSI participaram de reconhecimento de campo e testes na região.

A distância entre a Base Aérea de Campo Grande, onde geralmente ocorrem os desembarques presidenciais, e a unidade da JBS na capital é de aproximadamente 14 km, com uma viagem de carro estimada em 23 minutos.

A visita faz parte de uma série de deslocamentos pelo país, visando estreitar laços com o setor econômico. Em março, o presidente esteve em Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Pará, seguindo em abril para o Nordeste e Goiás.