A colheita da segunda safra de milho 2023-2024 iniciou em Mato Grosso do Sul sob o impacto da estiagem, com perdas significativas já registradas em diversas regiões do estado. Até 14 de junho, apenas 4,2% da área total prevista havia sido colhida, segundo o Boletim Casa Rural do Projeto Siga-MS.

A Aprosoja-MS estima uma redução de 5,82% na área plantada em relação ao ciclo anterior, totalizando 2,218 milhões de hectares. A produção é estimada em 11,485 milhões de toneladas, uma queda de 19,23%, e a produtividade média é prevista em 86,3 sacas por hectare, uma retração de 14,25%.

A região sul do estado é a mais afetada pela seca, com 40% a 65% das lavouras em condições classificadas como "ruins". Em contraste, a região nordeste apresenta 85% das lavouras em boas condições. No geral, 35,4% das lavouras de milho do estado estão em situação "ruim", indicando um risco real de perdas no potencial produtivo.

O Boletim Casa Rural alerta para perdas significativas devido à falta de chuvas, principalmente entre março e junho, período crítico para o desenvolvimento da cultura. A Conab também confirma a redução na área plantada e na produtividade, estimando uma queda de 31,4% na produção total em relação ao ciclo anterior.