Rota Bioceânica: Paraguai Investe Bilhões na Expansão da Megaestrada de 225 km
- porRedação
- 27 de Janeiro / 2024
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Rota na região da Picada 500 | Créditos: Mairinco de Pauda
O avanço das obras na Rota Bioceânica, que conectará os oceanos Atlântico e Pacífico através do Mato Grosso do Sul, atinge um marco significativo com a assinatura de um acordo de empréstimo entre o Governo da República do Paraguai e o Fonplata. O montante impressionante de US$ 354.245.764, cerca de R$ 1,7 bilhão, será destinado ao financiamento do projeto do Corredor Rodoviário Bioceânico, trecho 3, que abrange uma extensão de 225 km.
Marco que representa os países da Rota na região da Picada 500 | Créditos: Mairinco de Pauda
O trecho em questão tem início na cidade de Marechal Estigarriba e se estende até o município de Pozo Hondo, sendo considerado crucial para a integridade da megaestrada, que totaliza mais de 3 mil quilômetros. A informação foi divulgada pelo Ministério de Obras do Paraguai à Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), responsável pelo acompanhamento das obras da Rota.
A estratégia de monitoramento do andamento das obras foi estabelecida durante o Fórum dos Governadores da Rota, do qual Mato Grosso do Sul é participante. Segundo dados oficiais do MPOC, a concorrência para a construção do trecho 3 foi dividida em quatro lotes, por meio do edital MOPC n.º 70/2022.
O Consórcio Del Pacifico, composto pelas empresas EDB Construciones S.A. e Vial Agro S.R.L., foi o adjudicatário do lote 1, enquanto o Consórcio Chaqueño del Norte, integrado pelas empresas LT S.A. (Constructora Heisecke S.A.), Benito Roggio e Hijos S.A., ficou responsável pelo lote 2. O lote 3 será construído pela CDD Construciones S.A., e o lote 4 será conduzido pelo Consórcio TCR, composto por Ingeniería de Topografía y Caminos S.A., Constructora Isacio Vallejos S.A., Rovella Carranza S.A. e Sucursal del Paraguai.
O início das obras está condicionado à contratação de supervisores para os quatro trechos de estradas, requisito prévio do contrato de empréstimo com o Fonplata. A seleção das empresas de consultoria, responsáveis pela fiscalização dos trabalhos nos quatro lotes, está em fase de reavaliação.
Uma vez contratados os supervisores, a ordem de início dos trabalhos nos trechos será dada. Com o início das obras, os empreiteiros terão seis meses para elaborar o projeto de engenharia final, paralelamente a outros seis meses para preparar o cadastro do impacto da faixa de domínio. O prazo total para construção será de 24 meses, seguido por 96 meses dedicados à manutenção por níveis de serviço da extensão de 225 km do trecho 3 do Corredor Rodoviário Bioceânico.
*com informações do MOPC