O Rio da Prata, conhecido por suas águas cristalinas, enfrenta um período de seca em um trecho de seis quilômetros, motivando uma expedição técnica para investigar as causas. O Instituto Homem Pantaneiro (IHP) conduzirá a vistoria a pedido do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), que apura as causas da seca e de suposta poluição no rio.

O presidente do IHP, Ângelo Rabelo, afirmou que a análise será abrangente, buscando entender todos os fatores que contribuíram para o problema. A investigação também visa propor soluções para reverter os danos e implementar um modelo de gestão inovador para a bacia hidrográfica.

Documentos obtidos pelo MPMS revelaram a existência de uma barragem improvisada com sacos de ráfia e terra próximo a um ponto onde o rio passa a correr de forma subterrânea. A barragem, localizada a dois quilômetros da Ponte do Curê, na MS-178, em Jardim, levanta suspeitas sobre sua influência na redução do fluxo hídrico.

A escassez hídrica na região, agravada pela falta de chuvas regulares, é apontada como um dos fatores para a seca. No entanto, o parecer do pesquisador Tiago Karas, da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), sugere que a barragem irregular também contribuiu para a diminuição do fluxo do rio.

A expedição técnica busca esclarecer as causas da seca e da possível poluição no Rio da Prata, além de propor medidas para mitigar os impactos ambientais e garantir a preservação desse importante recurso hídrico.