O PSDB realiza nesta quinta-feira uma convenção para deliberar sobre uma possível aliança com o Podemos. A união, que inicialmente gerou dúvidas entre fusão ou incorporação, segue para um acordo que pode permitir a desfiliação de vereadores e deputados após a formalização.

A federação do PSDB com o Cidadania levantou questionamentos jurídicos sobre a viabilidade de uma fusão com o Podemos. Para contornar o prazo legal e evitar a perda do fundo partidário, a solução encontrada foi a incorporação do Podemos pelo PSDB.

Com a incorporação, o Podemos deixará de existir, e os filiados de ambas as legendas teriam um prazo de 30 dias para mudar de partido, se desejarem. Essa medida beneficiaria, principalmente, os vereadores, que ganhariam uma "janela" para troca partidária, algo que normalmente só ocorreria em 2028. Deputados já teriam uma janela automática em abril do próximo ano.

Caso a aliança seja aprovada, líderes estaduais do PSDB, como Eduardo Riedel e Reinaldo Azambuja, aguardam a decisão para anunciar suas saídas do partido. A expectativa é que eles se desliguem, mas que parte dos filiados permaneça para a formação de chapas de deputado estadual. Riedel já confirmou conversas sobre filiação ao PP e PSD.

Em Mato Grosso do Sul, o Podemos é liderado pela senadora Soraya Thronicke. Ela tem a garantia de disputar a reeleição, independentemente da aliança, devido a um acordo entre os diretórios. Soraya mantém proximidade com Eduardo Riedel, que chegou a indicar Pedro Caravina (PSDB) para auxiliar na organização do Podemos para as eleições passadas. Caravina é cotado para permanecer na sigla após a possível aliança.