Revoltadas com a série de mortes de bebês e gestantes na maternidade da Santa Casa de Corumbá, famílias realizaram um protesto emocionado exigindo respostas e medidas por parte das autoridades públicas. O evento ocorreu neste domingo (17), na Praça Independência, em Corumbá, onde a falta de uma UTI neonatal é apontada como uma das principais causas dos óbitos, segundo denúncias dos manifestantes.

Sob intervenção de uma junta, o hospital ainda não apresentou justificativas convincentes para as mortes que vêm ocorrendo. O ato, organizado no coreto da praça, foi liderado por Evelyn Amorim, de 31 anos, que perdeu seu filho Ravi em 2022. Vestidos com camisetas brancas ou estampadas com fotos dos bebês falecidos, os manifestantes decoraram as grades do local com balões brancos e pretos.

Evelyn Amorim, em um discurso emocionado, compartilhou sua dor e destacou a falta de informação sobre as mortes de bebês na cidade: "Eu só soube das mortes de bebês quando perdi o meu", disse, entre lágrimas. Ela também mencionou o caso de sua amiga Eneliz Silva, que também faleceu durante o parto, evidenciando o descaso e a falta de estrutura da maternidade.

Denúncias de que a equipe médica do hospital estaria adiando partos devido à ausência de UTI neonatal têm sido levantadas por algumas famílias. Essa prática, segundo os denunciantes, resulta em complicações que frequentemente levam à perda dos bebês durante cirurgias de emergência.

Enquanto as famílias clamam por respostas e ações, a comunidade aguarda medidas efetivas para garantir a segurança das gestantes e recém-nascidos na maternidade de Corumbá. O espaço permanece aberto para futuras manifestações e debates sobre o assunto.