Proposta de Vander Loubet para indicar Rose Modesto à prefeitura de Campo Grande agita cenário político

Vander, Rose e Zeca | Créditos: Ascom Sudeco

Uma movimentação surpreendente está tomando forma nos bastidores do Partido dos Trabalhadores (PT), com a Resistência Socialista, liderada pelo conhecido socialista Vander Loubet, propondo uma estratégia ousada para a eleição municipal em Campo Grande. A proposta em pauta é que membros do diretório municipal do PT integrem a chapa de Rose Modesto na disputa pela prefeitura da capital sul-mato-grossense.

A intenção declarada é oferecer apoio desde o primeiro turno à deputada federal Camila Jara, que, ao ser questionada sobre sua disposição em concorrer à prefeitura, demonstra hesitação. O movimento político ganha contornos intrigantes, visto que Rose Modesto, anteriormente vinculada ao candidato de extrema-direita Renan Contar, conquistou o apoio da família Orcirio (Zeca do PT e Vander), do PT nacional e de outros aliados do governo federal.

A ascensão de Rose ao cobiçado cargo de superintendente da Sudeco, onde superou indicados de outras figuras políticas proeminentes, como o deputado federal Dagoberto Nogueira, destaca os vínculos da candidata com o PT. Além disso, a disposição de Rose em colaborar com o partido fica evidente no episódio do apartamento funcional em Brasília, originalmente ocupado por ela e repassado à deputada Camila Jara, que enfrenta dificuldades com a alocação de residência, conforme relatado pelo ex-ministro Henrique Mandetta.

No entanto, a proximidade de Rose Modesto com o ex-presidente Jair Bolsonaro gera resistência entre os militantes do PT. Esta ligação mais estreita com a política bolsonarista se torna ainda mais aparente no plano de Vander Loubet em conduzir o PT para a chapa de Rose, mesmo diante da rejeição interna.

O desfecho dessa trama política está marcado para a primeira quinzena de fevereiro, quando diversas correntes do PT se reunirão para decidir os rumos da eleição municipal. Enquanto Rose Modesto já tinha uma aliança consolidada com o MDB de André Puccinelli, a incerteza paira sobre o retorno deste último, que deixou a mesa de negociações para realizar visitas na região da serra de Maracaju, sem previsão de retorno. O cenário político em Campo Grande promete emoções nos próximos meses.

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