Os produtores rurais do Centro-Oeste do Brasil se manifestaram contra a Moratória da Soja e a Lei Antidesmatamento da União Europeia, que impõem obstáculos ao desenvolvimento agrícola. Com a consolidação de uma onda política de direita nas eleições municipais, a pauta ruralista ganhou força, resultando na aprovação de um projeto de lei na Assembleia Legislativa de Mato Grosso. A nova lei proíbe benefícios fiscais às empresas que aderirem à moratória.

A Moratória da Soja, criada em 2006, visa impedir a comercialização de soja produzida em áreas desmatadas na Amazônia Legal após 2008, buscando equilibrar o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental. Contudo, os produtores argumentam que a medida causa prejuízos financeiros, com perdas estimadas em R$ 32 bilhões desde 2008 em Mato Grosso. Já a Abiove defende que uma moratória impulsionou a expansão do cultivo sustentável.

A Lei Antidesmatamento da União Europeia, aprovada em 2023, proíbe a importação de produtos de áreas desmatadas após dezembro de 2020, impactando setores como soja, carne e café. Produtores brasileiros criticam a legislação, afirmando que as critérios são desproporcionais. O governo brasileiro, por sua vez, tem defendido as ações do país contra o desmatamento ilegal, buscando atenuar os efeitos das políticas europeias sobre o agronegócio.

Esse cenário reflete o debate entre a preservação ambiental e os interesses do setor agrícola brasileiro.