Processos de Claudinho Serra são colocados sob sigilo judicial

| Créditos: Izaias Medeiros

Os processos relacionados à Operação Tromper, nos quais o vereador de Campo Grande, Claudinho Serra (PSDB), está implicado e que possivelmente afetam sua sogra, a prefeita de Sidrolândia, Vanda Camilo (PP), foram colocados sob sigilo judicial. Esta medida foi tomada três dias antes do julgamento do Habeas Corpus que resultou na liberdade do vereador.

Consequentemente, o acesso aos detalhes dos processos de corrupção, que incluem desvio de verbas públicas e envolvem um vereador eleito pelo povo de Campo Grande, fica restrito às partes envolvidas.
Quando procurado pela reportagem para comentar sobre as razões do sigilo, o advogado de Claudinho Serra, Tiago Bunning, informou que ainda não tinha conhecimento da decisão. Ele declarou: "Não fiz nenhum pedido para que o processo fosse tornado sigiloso".

A 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul agendou para a próxima segunda-feira (13) o julgamento do Habeas Corpus do vereador do PSDB, Claudinho Serra, que foi identificado pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) como líder de um esquema de corrupção em Sidrolândia.

A decisão agora será tomada por todos os membros da câmara criminal, composta pelos desembargadores Ruy Celso Barbosa Florence (presidente), Carlos Eduardo Contar, Luiz Gonzaga Mendes Marques e José Ale Ahmad Netto, que anteriormente concedeu a liberdade ao vereador tucano de forma monocrática.
Claudinho Serra ficou detido por 23 dias e foi solto mediante a adoção de medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno e comparecimento mensal em juízo, além de ser proibido de manter contato com outros suspeitos da Operação Tromper.

Além disso, a defesa do vereador solicitou acesso aos depoimentos de delação premiada de Tiago Basso da Silva (ex-servidor municipal de Sidrolândia) e Ana Claudia Alves Flores (ex-pregoeira do Consórcio Central indicada pela prefeita de Sidrolândia, Vanda Camilo).

Em 19 de abril, o juiz aceitou a denúncia do MPMS e Claudinho Serra, juntamente com outras 21 pessoas, tornaram-se réus no processo que investiga as fraudes no Município.

O parlamentar da Capital é genro da prefeita de Sidrolândia, Vanda Camilo (PP), e foi detido com outras sete pessoas na terceira fase da Operação Tromper, em 3 de abril.

"Existem provas da materialidade dos crimes, assim como indícios suficientes da autoria delitiva. A denúncia atende aos requisitos estabelecidos no artigo 41 do Código de Processo Penal, e não há, nesta fase, razões para rejeitá-la, conforme previsto no artigo 395 do mesmo Código. Portanto, aceito a denúncia", afirmou o magistrado em sua decisão.

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