Segundo relatos, a picada da aranha aconteceu no dia 21 de dezembro, enquanto Antunes dormia, passando despercebida por ele na ocasião. Inicialmente, ele interpretou a picada como um furúnculo e procurou assistência na enfermaria da prisão. Apesar de relatar forte dor, ele recebeu apenas medicamentos e foi enviado de volta à cela, sem a realização de exames.

Nos dias seguintes, Antunes buscou atendimento médico na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em três ocasiões, contudo, não foi encaminhado a um hospital para exames apropriados e tratamento especializado. Somente no domingo, quando já estava inconsciente, foi transferido para o hospital.

Ao chegar ao Hospital da Vida, o presidiário apresentava inchaço no rosto e estava incapaz de se comunicar ou se alimentar. Ele estava detido na Penitenciária Estadual de Dourados.

A divulgação do estado de saúde de Antunes ocorreu somente após o seu falecimento, mesmo com amigos na prisão e sua advogada tentando localizá-lo para obter informações sobre o hospital onde estava internado.

A família alega negligência médica, expressando preocupação com a situação do sistema penitenciário de Dourados. Um familiar declarou: "A situação lá está um caos, e a mesma aranha que o picou pode ferir outros detentos."

Ademilson Marques Antunes estava trabalhando em seu segundo livro, intitulado "Da Cela ao Céu 2". Seu velório ocorreu na segunda-feira (25), seguido pelo enterro no dia seguinte.