O presidente da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS), Estevão Petrallás, reconheceu uma dívida de R$ 128 mil e firmou acordo para pagamento parcelado, evitando a suspensão de repasses públicos à Liga de Futebol Profissional. A dívida decorre de ação da Controladoria-Geral do Estado (CGE) iniciada em 2017, que apontou irregularidades na prestação de contas de convênio com a Fundesporte.

A CGE reprovou as contas da Liga, então presidida por Petrallás, por falhas como ausência de comprovação de gastos e sobrepreço em compras de gêneros alimentícios. Também foram identificados pagamentos sem justificativa para alimentação e hospedagem fora da capital. A prestação de contas de serviço de transmissão de jogos apresentou notas fiscais sem informações claras e fora do período contratado.

O Ministério Público chegou a determinar a suspensão dos repasses públicos até que o ressarcimento fosse feito. Em maio, Petrallás solicitou conciliação, efetuando entrada e parcelando o valor em 47 vezes, por meio da Câmara Administrativa de Solução de Conflitos.

Nomeado pela CBF, Petrallás foi eleito presidente da FFMS em abril, substituindo Francisco Cesário de Oliveira, que comandou a entidade por 28 anos até ser afastado após investigação por desvio de R$ 10 milhões, na Operação Cartão Vermelho. Atualmente, a FFMS ocupa a penúltima posição no ranking nacional das federações.