Dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP) mostram que, em Mato Grosso do Sul, a gasolina aumentou R$ 0,36, o diesel comum R$ 0,24 e o etanol R$ 0,29 no último ano, apesar de poucos reajustes nas refinarias. A gasolina passou de R$ 5,69 para R$ 6,05 o litro, alta de 6,32%, e o diesel comum subiu 4%, de R$ 5,89 para R$ 6,13.

Em 2024, houve reajuste do ICMS sobre combustíveis, que impactou os preços ao consumidor, mesmo com a Petrobras aplicando poucas alterações nas refinarias. O diesel teve queda de preço na refinaria, mas essa redução não foi repassada aos postos.

Segundo o economista Eduardo Matos, a concentração do mercado e a redução da concorrência elevaram a margem de lucro das distribuidoras, pressionando o preço final. O diretor da Petrobras, Claudio Schlosser, afirmou que a estatal não controla os preços cobrados pelas distribuidoras e revendedores.

Desde a mudança da política de preços da Petrobras há dois anos, o valor da gasolina subiu 16,73%, acima da inflação acumulada de 9,46%, enquanto o preço do petróleo Brent caiu 21,7%. Para o mestre em Economia Eugênio Pavão, a política buscou equilíbrio entre lucro da estatal e preço ao consumidor, resultando em valores finais ainda elevados.