Políticos em MS miram vagas no TCE após retorno de Waldir Neves

| Créditos: Foto: Marcelo Victor.


O retorno de Waldir Neves ao Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE-MS) surpreendeu a classe política. A decisão foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, que considerou o prolongamento das medidas cautelares sem avanços significativos no processo como uma afronta ao princípio da duração razoável do processo. Neves havia sido afastado após operação da Polícia Federal em 2022 e retorna agora sem tornozeleira eletrônica.

A volta de Neves movimentou os bastidores do TCE, onde grupos liderados por Márcio Monteiro e Flávio Kayatt competem com aliados de Jerson Domingos e Osmar Jeronymo pelo controle da presidência. Além de Neves, outros conselheiros, como Iran Coelho e Ronaldo Chadid, também foram afastados na mesma operação, gerando especulações sobre o futuro da corte.

No meio político, deputados estaduais que pressionaram pelo avanço do processo agora veem a decisão como um possível indicativo de que o caso pode ter novos desdobramentos. Entre os nomes cotados para possíveis vagas no TCE, caso ocorram renúncias ou condenações, estão Márcio Fernandes, Júnior Mochi e Paulo Corrêa, com Fernandes alegando já contar com apoio suficiente entre os colegas.

A próxima vaga garantida no TCE só deve surgir no próximo ano, com a aposentadoria compulsória de Jerson Domingos, potencialmente abrindo espaço para Sérgio de Paula, ex-chefe da Casa Civil de Reinaldo Azambuja, considerado o favorito para a sucessão.

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