Nesta sexta-feira (5/4), a Polícia Federal iniciou a Operação Icarus com o objetivo de desarticular uma organização criminosa dedicada ao tráfico transnacional de entorpecentes e armamentos. A ação, que abrange quatro Estados brasileiros, resultou na expedição de oito mandados de prisão temporária, dois de prisão preventiva e 16 de busca e apreensão em imóveis vinculados ao grupo, localizados em diversas cidades, incluindo Guarujá (SP), Praia Grande (SP), Santana de Parnaíba (SP), São Paulo (SP), Jundiaí (SP), Itupeva (SP), Osasco (SP), Rio de Janeiro (RJ), Vitória (ES) e Curitiba (PR), todos autorizados pela 2ª Vara Federal de Ponta Porã.

Além disso, houve determinação de bloqueio de ativos financeiros, imóveis e veículos pertencentes a nove indivíduos investigados. As investigações tiveram início em 2022, após a apreensão de uma aeronave contendo 442kg de cocaína, três fuzis calibre 5.56 mm e uma escopeta calibre 12, no município de Coronel Sapucaia.

Durante as diligências, ficou evidenciado que o grupo criminoso também esteve envolvido em outra grande apreensão de cocaína, totalizando 595kg da substância, escondidos sob a fuselagem de um jato executivo, no aeroporto internacional de Salvador (BA).

Até o momento, as investigações apontam que a organização é responsável pela introdução de grandes volumes de cocaína no território nacional, utilizando-se de pistas clandestinas e planos de voo falsificados para operações aéreas provenientes das fronteiras com países vizinhos. A droga, proveniente da região fronteiriça de Mato Grosso do Sul, tem como principais destinos as cidades de Jundiaí (SP) e Sorocaba (SP). A estrutura do grupo revela certa hierarquia, incluindo funções de comando, apoio logístico, pilotos recrutados, equipe de solo e equipe de apoio.

Os investigados enfrentam acusações de tráfico internacional de drogas e armas, sob o amparo de atuação em organização criminosa, crimes que somados podem resultar em penas de até 39 anos de reclusão.