| Créditos: Foto: Ilustrativa/PCMS
Policiais civis de Mato Grosso do Sul decidiram manter a greve iniciada nesta terça-feira (1º), mesmo após a Justiça conceder tutela de urgência que impede a paralisação dos serviços. O Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis de MS) alega que a categoria não foi notificada da decisão judicial e, portanto, manterá a paralisação.
A decisão que suspendeu a greve foi proferida pelo desembargador Nélio Stábile, que acatou os argumentos do Estado sobre a ilegalidade do movimento, baseando-se em jurisprudência do STF (Supremo Tribunal Federal) que proíbe o direito de greve para servidores da segurança pública.
O Sinpol, por sua vez, afirma que só tomou conhecimento da decisão pela imprensa e que irá contestá-la judicialmente após ser notificado. O sindicato critica a agilidade da Justiça em atender o pedido do Estado e lamenta a falta de resposta do governo em relação à contraproposta apresentada na semana passada.
Enquanto a situação não se resolve, os atendimentos nas delegacias do estado estão limitados a casos de flagrante, violência contra menores e medidas protetivas. A greve, inicialmente prevista para durar um dia, foi estendida por mais dois dias na expectativa de que o governo apresente uma proposta que atenda às reivindicações da categoria.
Os policiais reivindicam aumento salarial de 18%, aumento de 100% no auxílio-alimentação, valor para despesas com saúde e equiparação salarial com a categoria dos delegados. O sindicato alega que a greve é o último recurso para chamar a atenção do governo e que lamenta os impactos causados à população.
