A Polícia Federal descobriu que o juiz aposentado Aldo Ferreira da Silva Júnior recebeu R$ 1,1 milhão obtido pela esposa, Emmanuelle Alves Ferreira, em um golpe contra um aposentado de Petrópolis (RJ). A fraude envolveu R$ 5,5 milhões, sacados por decisão do juiz Paulo Afonso de Oliveira, da 2ª Vara Cível de Campo Grande.

É a primeira vez que Aldo é vinculado ao caso, após a quebra de sigilo bancário. A advogada Emmanuelle havia sido presa e condenada por estelionato, mas a sentença foi anulada pelo STJ. Ela utilizou documentos falsos para realizar o saque e fez transferências para diversas contas, incluindo a do marido e da empresa Mana Agropecuária, de sua propriedade.

Aldo e o juiz Paulo Afonso são amigos e chegaram a ter uma conta conjunta entre 2003 e 2006. A investigação da PF levanta suspeitas de propina e ligação com decisões judiciais suspeitas, incluindo a atuação do desembargador aposentado Júlio Roberto Siqueira Cardoso. Ambos são investigados na Operação Ultima Ratio, que apura venda de sentenças. Aldo também responde a ações penais e processos por improbidade administrativa relacionados à Operação Espada da Justiça.