PCC se torna multinacional do crime e vira desafio para Polícia Federal
- porJovem Pan
- 04 de Julho / 2025
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O diretor geral da PF, Andrei Rodrigues, durante o XIII Fórum de Lisboa, em Portugal | Créditos: Reprodução Jornal da Manhã Entrevista do diretor geral da PF, Andrei Rodrigues
A facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) expandiu suas operações para além das fronteiras brasileiras, transformando-se em uma “multinacional do crime” com atuação e recrutamento de membros em solo europeu. A estratégia para combater essa internacionalização foi detalhada nesta sexta-feira (4) pelo diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, durante o 13º Fórum de Lisboa, em Portugal. Em entrevista no evento, que reúne autoridades brasileiras e portuguesas, Rodrigues explicou que a PF atua em três eixos fundamentais para combater a organização criminosa em escala global. A primeira frente é o fortalecimento da cooperação policial, tanto em âmbito nacional quanto internacional.
O segundo pilar da estratégia é a “descapitalização do crime organizado”, que consiste em ações focadas em sufocar o poder financeiro e logístico da facção, atacando a base que sustenta suas operações. Por fim, o terceiro eixo é a prisão e o isolamento das lideranças do PCC, visando desarticular a cadeia de comando. “Acreditamos que temos alguns bons resultados a apresentar e vamos continuar trabalhando com esses três pontos fundamentais”, afirmou o diretor-geral da PF.”
“A Polícia Federal tem trabalhado muito, fundamentalmente em três eixos, que são a cooperação interna e internacional, a descapitalização do crime organizado, ou seja, o enfrentamento do poder logístico dessas entidades, e também a prisão e isolamento de lideranças. E acredito que temos alguns bons resultados a apresentar, já apresentamos alguns, e vamos continuar trabalhando com esses três pontos fundamentais. Cada vez mais incentivando a integração doméstica no Brasil e também a cooperação internacional”, disse Rodrigues.
A expansão do PCC no continente europeu é motivo de grande preocupação para a imprensa e autoridades de Portugal. O tema da segurança pública e do enfrentamento ao crime organizado global é um dos principais do fórum, que contará ainda com a participação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.