Paulo Cupertino Matias foi sentenciado a 98 anos de prisão em regime fechado após ser considerado culpado pelo triplo homicídio qualificado do ator Rafael Miguel, conhecido por "Chiquititas", e de seus pais, Miriam Selma Miguel e João Alcisio Miguel. O crime ocorreu em 9 de junho de 2019.

O Conselho de Sentença, composto por sete jurados, encerrou o julgamento de dois dias na noite de sexta-feira (30/5) no Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo. Os jurados determinaram que Cupertino foi o autor dos disparos que vitimaram os três.

Durante o julgamento, Cupertino negou a autoria do crime. Wanderley Antunes Ribeiro Senhora e Eduardo José Machado, que auxiliaram na fuga do réu, foram absolvidos a pedido do Ministério Público.

O triplo assassinato ocorreu em 2019, na zona sul de São Paulo. Segundo a denúncia do Ministério Público, Cupertino não aceitava o relacionamento da filha, Isabela Tibcherani, com Rafael Miguel. A família do ator estava no local para conversar com Cupertino sobre o namoro. A denúncia aponta que Cupertino disparou 13 vezes contra as vítimas.

Após o crime, Cupertino fugiu e permaneceu foragido por quase três anos, sendo preso em maio de 2022 em um hotel na zona sul de São Paulo. A defesa do réu alegou que ele permaneceu foragido por medo de retaliações e de um "linchamento midiático", negando que a fuga fosse uma confissão de culpa.

O julgamento, que durou dois dias, incluiu depoimentos de testemunhas e réus, debates entre acusação e defesa, e a votação dos jurados, culminando na condenação proferida pelo juiz Antônio Carlos Pontes de Souza.