Na próxima sexta-feira (15), o pedreiro e pastor evangélico Jorge de Souza Valdez, de 47 anos, enfrentará o júri popular no Fórum de Três Lagoas, distante 326 quilômetros de Campo Grande. Ele é acusado de tentar matar a esposa grávida a facadas. O crime, que ocorreu em 10 de novembro de 2020, chocou a comunidade local.

Os fatos se desenrolaram no conjunto Habitacional Orestinho, onde o casal residia. Regiane Cales da Silva, também pastora, estava dormindo quando foi atacada por Valdez, sofrendo cortes profundos no pescoço e na barriga. Apesar dos ferimentos graves, ela sobreviveu, mas o bebê, fruto da gestação de seis meses, faleceu após o parto de emergência.

De acordo com informações do site RCN67, o acusado está sob custódia há quatro anos, enquanto o desenrolar do processo permanece em sigilo judicial.

A narrativa do crime revela um contexto de violência e manipulação. Após esfaquear a esposa, Valdez teria ferido a si mesmo na tentativa de simular um suicídio. Contudo, ao perceber que a vítima ainda respirava, decidiu levá-la ao Hospital Auxiliadora, talvez esperando que ela morresse durante o trajeto. No entanto, seus planos foram frustrados quando uma equipe da Polícia Militar o interceptou no hospital, levando-o a confessar o crime.

Segundo relatos, durante seu depoimento na Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM), Valdez mostrou-se frio e até irônico diante das autoridades, chegando a rir de algumas perguntas feitas pela delegada encarregada do caso. Ele afirmou ser pedreiro e pastor evangélico em uma igreja local, mas não apresentou justificativa plausível para o ato violento, atribuindo-o à sua própria "ignorância".