O Rio Verde, carregado de sedimentos, está poluindo o Rio da Prata, famoso por suas águas cristalinas e atrativos turísticos. Especialistas alertam para a necessidade de ações emergenciais para conter o problema, que se tornou crônico.

Jardim, MS – A beleza do Rio da Prata, conhecido por suas águas cristalinas, está ameaçada pela poluição proveniente do Rio Verde.  O acúmulo de sedimentos no Rio Verde, resultado do mau uso do solo e da falta de mata ciliar, tinge suas águas com uma coloração amarronzada, que se estende ao Rio da Prata após o encontro dos dois cursos d'água.

Sérgio Barreto, biólogo do Instituto Homem Pantaneiro (IHP), afirma que o problema é crônico e demanda atenção urgente. "O Rio Verde tem áreas de nascente com passivos ambientais. Mau uso do solo, falta de mata ciliar. O que vem contribuindo negativamente para o Rio da Prata", alerta.

Para Barreto, a recuperação do Rio Verde é crucial para garantir a saúde do Rio da Prata. "O Verde tem estado de conservação bem crítico e ele merece um olhar atento. São necessárias ações emergenciais para a recuperação desse rio", defende. O biólogo destaca a importância de conter o problema e recuperar as áreas degradadas para evitar que os sedimentos atinjam o Rio da Prata e, posteriormente, o Rio Miranda.

Esta não é a primeira vez que o Rio da Prata sofre com a poluição. Em 2018, a falta de curvas de nível em fazendas, agravada pela chuva forte, resultou no depósito de terra no leito do rio, comprometendo os atrativos turísticos.  Em julho deste ano, o rio voltou a ser notícia, com seis quilômetros de seu leito completamente secos.

A situação preocupa ambientalistas e coloca em risco o futuro do Rio da Prata, um dos principais pontos turísticos de Mato Grosso do Sul. Ações para conter a poluição e recuperar as áreas degradadas são urgentes para preservar a beleza natural e a importância ecológica do rio.