Centenas de cidadãos marcharam pelas ruas clamando por justiça em resposta ao assassinato do ex-vereador de Anastácio, Wander Alves, mais conhecido como Dinho Vital, vítima de tiros no último dia 8 de maio. O movimento teve início na Praça Arandu, seguindo em direção ao Fórum de Anastácio. Segundo relatos de uma participante, estima-se que cerca de mil pessoas aderiram ao protesto.

Dinho Vital, que planejava concorrer nas eleições municipais deste ano pelo PP (Partido Progressista), foi alvo de uma ação criminosa que chocou a comunidade local. Marco Aurélio Santullo, presidente estadual do partido, confirmou o desejo político de Dinho, enquanto os manifestantes exigiam que os responsáveis pelo crime fossem levados à justiça.

Jociélly Fernandes, organizadora do evento e amiga próxima de Dinho, compartilhou suas preocupações: "Queremos que os envolvidos neste crime respondam por seus atos. O veículo de Dinho foi alvejado por tiros, mas as circunstâncias ainda estão obscuras". Segundo ela, Dinho teria sido agredido antes de ser morto, levantando questões sobre a veracidade da versão oficial dos acontecimentos.

A falta de consenso nas informações oficiais em torno da morte de Dinho Vital alimentou dúvidas sobre a narrativa de confronto inicialmente divulgada. Registros indicam que Dinho foi atingido por dois tiros nas costas, contradizendo a hipótese de um confronto armado.

De acordo com os registros da Polícia Civil, Dinho foi encontrado sem vida ao lado de seu veículo, com marcas de tiros na região do quadril. Uma pistola 9mm foi encontrada próxima a ele. Os policiais militares envolvidos alegam legítima defesa, porém, as investigações ainda estão em andamento para esclarecer os fatos.

A Polícia Rodoviária Federal, ao chegar ao local, encontrou os dois veículos e os dois policiais militares envolvidos na ocorrência. A presença da PM no local foi confirmada, e a investigação agora está sob responsabilidade da Polícia Civil.

O registro da Polícia Militar classifica o incidente como um homicídio decorrente de intervenção policial, desencadeando uma série de procedimentos legais e investigativos. A Corregedoria da PMMS assegura que todas as medidas necessárias estão sendo tomadas para esclarecer o caso e garantir transparência nas investigações. O destino do inquérito militar e as oitivas das testemunhas estão em andamento para trazer luz aos eventos que resultaram na trágica morte de Dinho Vital.