A Iagro-MS (Agência de Defesa Sanitária Vegetal e Animal) e a ABPO (Associação Pantaneira de Pecuária Orgânica e Sustentável) estabeleceram uma parceria estratégica para realizar um mapeamento detalhado do rebanho bovino na região do Pantanal. O acordo, divulgado nesta quarta-feira, 13, no Diário Oficial do Estado, tem duração prevista de 36 meses.

Com cerca de 2% do território nacional, o Bioma Pantanal estende-se por aproximadamente 9,73 milhões de hectares em Mato Grosso do Sul, representando cerca de 64% da área total do bioma. Esta iniciativa visa impulsionar a pecuária de corte nessa região crucial.

A pecuária de cria, com um ciclo longo de aproximadamente 18 meses desde a prenhez das matrizes até a desmama dos bezerros, é uma atividade que historicamente sustenta a economia do Pantanal. A harmonia entre a pecuária e o bioma remonta a mais de dois séculos.

Corumbá desponta como o município pantaneiro com o maior número de bovinos, com uma distribuição etária do rebanho, em 2022, que revela uma predominância de animais com mais de 36 meses, representando 50,56% do total, conforme indicam dados do Boletim Casa Rural.

De acordo com informações do IBGE referentes a 2022, Corumbá abriga um rebanho bovino de 1,8 milhão de cabeças, tornando-se o maior do estado e o segundo maior do país. Além disso, é o principal fornecedor de animais de 0 a 12 meses em Mato Grosso do Sul, conforme o Boletim Casa Rural Sigabov, do Sistema Famasul.

O Programa Carne Sustentável do Pantanal, lançado em 2018 pela ABPO com apoio do Governo Estadual e outras entidades do setor, oferece incentivos e reduções de custos aos produtores que adotam práticas orgânicas ou sustentáveis na criação de gado, sujeitas a certificação.

Em 2023, houve um aumento significativo no número de produtores aderindo à produção de carne sustentável e orgânica no Pantanal, ultrapassando os 120, um aumento de 30% em relação ao ano anterior. Os abates nesse período atingiram 130 mil animais, representando um aumento de 66% em comparação com o ano anterior.