Pantanal reduz área queimada em 77% e se destaca em preservação ambiental
- porRedação
- 09 de Maio / 2025
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O Pantanal é um hotspot de biodiversidade, mas sua fauna e flora tem sido brutalmente impactada pelas queimadas deste ano. | Créditos: Foto: Iberê Périssé / Projeto Solos
Enquanto a Amazônia e o Cerrado registraram aumentos preocupantes no desmatamento em abril, o Pantanal apresentou um cenário positivo, com quedas expressivas tanto no desmatamento quanto em cicatrizes de incêndio, conforme dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Os dados do Deter, sistema de detecção em tempo real do Inpe, revelaram que na comparação entre abril de 2024 e abril de 2025, o desmatamento na Amazônia saltou de 174 km² para 270 km², um aumento de 55%. No mesmo período, o Cerrado também sofreu um acréscimo na área degradada, passando de 547,25 km² para 690,66 km², representando uma elevação de 26%.
Contudo, a situação no Pantanal destoou desse quadro. Em abril de 2025, o bioma não apresentou cicatrizes de incêndio. Analisando um período mais extenso, de agosto de 2024 a abril de 2025, a redução nas áreas afetadas por fogo alcançou 75%. A comparação entre os meses de abril de 2024 e 2025 também evidenciou uma diminuição notável de 77% no desmatamento, caindo de 46,72 km² para 10,85 km².
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, reconheceu o aumento em abril na Amazônia, mas destacou a "estabilidade" observada nos primeiros quatro meses de 2025, com uma leve queda de 1% no desmatamento em relação ao mesmo período do ano anterior. Ela enfatizou o compromisso do governo em alcançar uma queda consistente no desmatamento em todos os biomas.
No Cerrado, apesar do aumento em abril, os dados melhoram ao analisar o período de agosto de 2024 a abril de 2025, com uma retração no desmatamento. A queda acumulada de janeiro a abril de 2025 no Cerrado foi de 3%.
O diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Jair Schmitt, informou que 242 pessoas foram identificadas e punidas por incêndios florestais no ano passado, resultando em mais de R$ 460 milhões em multas aplicadas. O Ibama também está implementando medidas preventivas, notificando proprietários de áreas com maior risco de incêndio.