Organização criminosa movimentou R$ 59 milhões produzindo cocaína em Corumbá

| Créditos: DIVULGAÇÃO/PF

Na manhã desta quinta-feira (4), a Polícia Federal desencadeou uma operação contra uma organização criminosa envolvida na comercialização ilegal de produtos químicos destinados à fabricação de cocaína, principalmente na região de Corumbá. Durante as investigações, foi descoberto que o grupo movimentou um montante impressionante de R$ 59 milhões para financiar suas atividades ilícitas.

A investigação teve início em 2021, período em que essa vultosa quantia foi movimentada pelos criminosos. O ponto de partida da operação ocorreu com a apreensão de uma van boliviana em Corumbá, transportando 200 litros de acetato de etila e 25 kg de permanganato de potássio.

Conforme detalhado pelas autoridades, os membros dessa organização são proprietários de diversas empresas ligadas à indústria química. Por meio de uma intricada teia de transações comerciais, legítimas e fictícias, eles facilitavam a obtenção de produtos controlados, que só podem ser comercializados com autorização especial e são empregados na produção de cocaína.

A operação resultou no cumprimento de nove mandados de busca e apreensão em Corumbá e nas cidades paulistas de São Bernardo do Campo, Vargem Grande Paulista e Diadema. Os alvos foram propriedades pertencentes a pessoas físicas e jurídicas envolvidas na venda ilegal de produtos químicos e na lavagem dos lucros obtidos com o tráfico.

Além das medidas de busca e apreensão, as autoridades determinaram a suspensão das atividades econômicas de sete empresas, o bloqueio de ativos financeiros de 17 pessoas físicas e jurídicas, o confisco de 36 bens móveis, incluindo veículos de luxo, caminhões, motocicletas e embarcações, bem como a indisponibilidade de oito imóveis pertencentes aos membros da organização criminosa em investigação.

"Os investigados poderão enfrentar acusações de tráfico internacional de produtos químicos para a preparação de drogas e participação em organização criminosa, cujas penas somadas podem chegar a 23 anos de prisão", destacou a nota divulgada pela PF.

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