Operação revela rota de tráfico: Cocaína de MS chegava à Europa escondida em colchões
- porRedação
- 11 de Abril / 2024
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Após quatro meses desde o início da Operação Sanctus, as investigações conduzidas pela Polícia Federal revelam detalhes sobre o envolvimento de dois irmãos empresários com o tráfico internacional de drogas, destacando a sofisticada logística da organização criminosa.
Segundo o Campo Grande News, documentos revelam a estratégia do grupo para transportar cocaína do Paraguai até a Europa, passando pelo Rio de Janeiro. Hermógenes Aparecido Mendes Filho, 49 anos, proprietário de fazendas em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, encontra-se detido desde 8 de dezembro, data da operação.
Seu irmão, Ronaldo Mendes Nunes, permanece foragido. De acordo com a PF, Ronaldo é dono de restaurantes de luxo em Dourados e Ponta Porã, além de possuir uma propriedade em Pedro Juan Caballero.
A investigação teve início após a apreensão de cargas de drogas e dinheiro dentro de pneus pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro.
A PF descobriu que a organização utilizava caminhões para transportar a droga até Pedro Juan Caballero, no Paraguai, onde a cocaína era escondida nos pneus. O esconderijo no Paraguai contava com a presença de Hermógenes Aparecido e sua amante, a advogada Cristiane Maran Milgarefe da Costa, 28 anos.
Os caminhões seguiam então para São Paulo e Rio de Janeiro. Durante a operação, um caminhão foi rastreado até Maricá, na região metropolitana do Rio, onde foram encontrados 160 quilos de cocaína dentro dos pneus. O motorista Jair Marques Neto, 48 anos, e seu ajudante Heitor de Oliveira Buss, 49 anos, foram presos em flagrante e permanecem detidos.
No local da apreensão, além da droga, foram encontrados colchões contendo placas de isopor com espaços para ocultar tabletes de cocaína, indicando uma nova estratégia da organização para exportar a droga.
Recentemente, a Justiça Federal aceitou a denúncia contra os envolvidos, tornando-os réus por organização criminosa e lavagem de dinheiro, com exceção de Heitor de Oliveira Buss, que responderá apenas pelo flagrante de tráfico no Rio de Janeiro. O juiz rejeitou a denúncia por tráfico transnacional de drogas e associação para o tráfico, solicitada pelo Ministério Público Federal, alegando incompetência territorial e desnecessidade de unidade de processamento.