Operação da Polícia Federal apreende computadores ligados à Abin em posse de Carlos Bolsonaro e na residência de um dos assessores
- porRedação
- 29 de Janeiro / 2024
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vereador Carlos Bolsonaro | Créditos: Reprodução / Metrópoles
Na manhã desta segunda-feira (29), a Polícia Federal realizou a apreensão de um computador pertencente à Agência Brasileira de Inteligência (Abin) que estava sob posse do vereador carioca Carlos Bolsonaro (Republicanos), conforme informações fornecidas por fontes vinculadas à operação ao Blog da Daniela Lima. O parlamentar é alvo de uma operação de busca e apreensão que tem como foco possíveis destinatários de informações supostamente coletadas de forma ilegal pela Abin.
Um segundo computador da agência foi confiscado na residência de um dos assessores de Carlos Bolsonaro, que é casado com uma funcionária da Abin. A Polícia Federal, oficialmente, não confirma nem comenta sobre a apreensão.
O ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso, autorizou os mandados de busca e apreensão. Há suspeitas de que, durante o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro, a Abin tenha operado como um braço para coleta de informações ilegais, sem a devida autorização judicial.
Além disso, o órgão também é suspeito de ter sido utilizado como fonte de informações falsas, que foram posteriormente disseminadas por perfis de extrema-direita com o intuito de difamar instituições e autoridades.
A operação resultou na execução de nove mandados de busca e apreensão, sendo cinco no Rio de Janeiro (RJ), um em Angra dos Reis (RJ), um em Brasília (DF), um em Formosa (GO) e um em Salvador (BA).
A busca realizada em Angra dos Reis ocorreu no local onde Jair Bolsonaro realizou uma transmissão ao vivo nas redes sociais no domingo (28). O ex-presidente e seus filhos estavam presentes pela manhã e deixaram o local de barco.
Carlos Bolsonaro, vereador desde 2001 e atualmente em seu sexto mandato consecutivo na Câmara Municipal do Rio, foi apontado por Mauro Cid, ex-braço-direito de Jair Bolsonaro, como chefe do chamado "gabinete do ódio" - uma estrutura paralela montada no Palácio do Planalto para atacar adversários e instituições, incluindo o sistema eleitoral brasileiro.
Até o momento, Carlos Bolsonaro não se pronunciou sobre a operação.