Onça-pintada Itapira retorna ao Pantanal após tratamento de queimaduras

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Itapira, uma onça-pintada de dois anos, foi encontrada em agosto com queimaduras graves nas patas, resultado dos incêndios que assolaram o Pantanal este ano. Resgatada pela ONG Onçafari, a felina passou por tratamento intensivo no Instituto NEX No Extinction, em Brasília, incluindo ozonioterapia e laserterapia.

O Pantanal enfrenta períodos de seca cada vez mais prolongados, o que aumenta a vulnerabilidade a incêndios de grandes proporções. De acordo com o Lasa, a área queimada em 2023 já é a segunda maior desde 2012.

Felizmente, Itapira se recuperou e foi reinserida em seu habitat em 5 de outubro. A onça, filha de Isa, outra onça monitorada pela ONG, havia se tornado independente recentemente.

"Ela estava com as patas bem queimadas, quase no terceiro grau", disse Lilian Rampim, bióloga do Onçafari. "Os bigodes e os cílios também estavam queimados."

Rampim destaca a importância da onça-pintada como controladora do ecossistema, garantindo o equilíbrio da fauna. Atualmente, cerca de 50 onças são monitoradas pela base Caiman do Onçafari.

Outros animais também foram afetados pelos incêndios. Miranda, outra onça-pintada, foi resgatada com queimaduras e larvas nas feridas. Após tratamento, ela também retornou ao seu habitat.

Nem todos os animais tiveram a mesma sorte. Gaia, de 11 anos, morreu durante os incêndios. A onça era monitorada desde o nascimento pela ONG e faria parte de um estudo sobre a longevidade da espécie.

"O fogo que atingiu a região da Gaia foi um dos mais fortes aqui do Caiman", lamentou Rampim. "Ela foi cercada por todos os lados."

Apesar das perdas, o Onçafari segue trabalhando para proteger a fauna pantaneira, com ações de resgate, tratamento e monitoramento de animais.

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