“O Estado de Exceção dos Poderosos”

Escultura do dinamarquês Jens Galschiot. A maneira como o artista percebe o Poder Judiciário. Metáfora tão autoexplicativa e chocante que dispensa maiores comentários. | Créditos: Reprodução/Facebook


Chega de palhaçada, chega de assistir a esse circo de horrores de braços cruzados! O que estamos esperando? Uma INTERVENÇÃO JÁ é o mínimo que podemos exigir! Não somos bobos da corte para aplaudir essa vergonha!

A cada dia, novas decisões e desdobramentos revelam uma trama que mina a confiança naqueles que deveriam zelar pela lei em Mato Grosso do Sul. Casos recentes expõem um cenário alarmante e inaceitável:


  • Liberdade Questionável: A Justiça de Mato Grosso do Sul revogou o bloqueio de bens de um ex-magistrado e sua esposa, ambos réus por enriquecimento ilícito, citando a nova Lei de Improbidade. A decisão, que diz respeito à revogação do bloqueio de bens de um ex-juiz e sua esposa com base na nova lei de improbidade, contrariou o Ministério Público, que se opôs à liberação, mas teve seu pedido negado por falta de "demonstração atual e específica de risco de dano". Enquanto a sociedade clama por justiça, a flexibilização parece beneficiar quem deveria ser exemplar.

  • Inércia e Descaso: O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) foi denunciado por inércia na nomeação de aprovados em concurso para analistas, homologado há quase um ano. A matéria aborda a denúncia contra o MPMS por inércia em nomeações de concurso. Milhares de candidatos qualificados aguardam por vagas, enquanto o CNMP se prepara para analisar a denúncia. A lentidão na convocação em um setor tão crucial é, no mínimo, um desrespeito.

  • Operação Tromper e a Teia da Corrupção: A Operação Tromper segue revelando um esquema de desvios milionários em obras públicas em Sidrolândia. Um empreiteiro foi preso, conforme detalha o artigo sobre a prisão de empreiteiro pelo GAECO em nova fase da Operação Tromper em Sidrolândia, e um ex-secretário municipal e ex-vereador, apontado como líder do esquema, foi detido preventivamente e novamente preso em uma nova fase da operação, conforme a notícia sobre a prisão de ex-vereador em nova fase da Operação Tromper por fraudes em Sidrolândia. A Justiça, por sua vez, manteve o monitoramento de outros investigados na operação, decisão sobre a manutenção do monitoramento de investigados na Operação Tromper por mais 180 dias, reconhecendo a gravidade e complexidade da rede criminosa.

  • Pedágio e o Interesse Público: Um deputado critica o "reajuste oculto" no pedágio da BR-163, autorizado pela ANTT antes da conclusão das obras previstas. A matéria destaca a crítica do deputado ao reajuste oculto em pedágio da BR-163 e o anúncio de ação na Justiça. A concessionária, segundo o deputado, não cumpriu o contrato original de duplicação. A luta judicial se anuncia para tentar suspender esse aumento, que pesa no bolso do cidadão.

  • Improbidade Suspensa: Uma ação de improbidade administrativa contra um senador foi suspensa por um desembargador do TJMS. O artigo aborda a suspensão da ação de improbidade contra um senador. O parlamentar alegou falta de individualização de sua conduta no processo, que investiga um suposto pagamento indevido de milhões de reais. O caso, que corria o risco de prescrição, levanta dúvidas sobre a eficácia dos mecanismos de responsabilização.

  • Operação Successione e o Jogo da Impunidade: A prisão preventiva de cinco réus da Operação Successione, que investiga um esquema de jogos de azar, foi revogada. A notícia informa sobre a revogação da prisão de réus da Operação Successione. A decisão veio após a conclusão da instrução processual, deixando o processo pronto para julgamento. A revogação da prisão, neste contexto, pode gerar a sensação de impunidade.

E como se não bastasse, não podemos esquecer o escandaloso caso da Operação Ultima Ratio, da Polícia Federal, que levou ao afastamento de cinco desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS). A investigação apura crimes gravíssimos como corrupção na venda de decisões judiciais, lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e falsificação de escrituras públicas no Poder Judiciário do estado.

É um cenário que nos força a questionar: até quando seremos espectadores desse desfile de absurdos? A intervenção já não é mais uma possibilidade, é uma necessidade urgente para restaurar a dignidade e a credibilidade da justiça em Mato Grosso do Sul.

Jornalista Alcina Reis | Créditos: Arquivo pessoal

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