A recente aliança entre o PSDB e o PL, formada para apoiar a chapa de Beto Pereira e Coronel Neidy, representa um revés significativo para o PT em Mato Grosso do Sul. O deputado federal Vander Loubet, presente na agenda do presidente Lula em Corumbá, expressou sua preocupação com o impacto dessa união tucana com o partido de Jair Bolsonaro. Para Loubet, a falta de apoio ao PT no eventual segundo turno das eleições em Campo Grande é um reflexo da estratégia equivocada do PSDB.

Loubet argumenta que, se a aliança tivesse sido construída com o mesmo empenho demonstrado com o então governador Eduardo Riedel, o PT poderia ter avançado para o segundo turno. No cenário atual, ele acredita que os votos de Camila Jara e Zeca do PT, cuja chapa enfrenta dificuldades, provavelmente migrarão para candidatos como Adriane Lopes (PP) ou Rose Modesto (União). 

"Se tivéssemos um alinhamento mais forte, poderíamos estar no segundo turno. Agora, não há dúvida de que a maior parte dos nossos votos seguirá para candidatos fora do PL", observa Loubet.

O impacto dessa aliança vai além da Capital, refletindo nas disputas em todos os 79 municípios de Mato Grosso do Sul. Loubet ressalta que a aliança PSDB-PL criou um desconforto significativo, especialmente considerando o alinhamento do PT com o PSDB ao longo dos últimos dois anos. Segundo ele, o PSDB foi precipitado ao fazer tal aliança e o tempo mostrará as consequências desse erro.

Camila Jara, por sua vez, procurou demonstrar entusiasmo, mas suas declarações foram marcadas por imprecisões, evidenciando uma falta de coordenação na campanha. Jara mencionou que Campo Grande é uma das prioridades do partido, mas evitou confirmar datas para visitas de Lula, citando a necessidade de evitar erros.

Enquanto o partido busca recuperar o terreno perdido, resta saber se essas dificuldades poderão ser superadas a tempo das eleições.