Em uma operação histórica de combate ao crime organizado, um narcotraficante que operava em Bonito, Mato Grosso do Sul, foi condenado a 27 anos de prisão. A decisão judicial, proferida na última segunda-feira (17), representa um duro golpe contra o tráfico de drogas na região, desmantelando uma organização criminosa que atuava com audácia e violência.

A investigação que levou à condenação do narcotraficante foi desencadeada pela Operação Paraíso Marcado, uma ação conjunta do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) e do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado). Deflagrada em 2023, a operação mobilizou as forças de segurança em uma resposta firme ao crescimento do crime organizado no estado.

Irmão de Traficante Morto

As investigações revelaram que o narcotraficante condenado é irmão de um conhecido traficante da década de 1990, assassinado em 2008 em Amambai. Após a morte do irmão, ele assumiu o controle das atividades criminosas, expandindo sua atuação para Bonito e consolidando seu poder na região.

Condenações Severas

Além do líder da organização, outros três membros da facção criminosa também foram condenados, com penas que variam de 5 a 24 anos de prisão. A Justiça não tolerou a atuação do grupo, que impunha terror e violência na região.

Apoio Policial Cúmplice

A investigação revelou que a organização criminosa contava com a proteção de quatro policiais militares, que foram condenados em outubro de 2024 por integrar a associação criminosa. A participação dos policiais demonstra o nível de infiltração do crime organizado nas instituições, e a condenação dos agentes da lei é um passo fundamental na luta contra a corrupção e o crime.

Processos Desmembrados

Devido à complexidade do caso, o processo foi desmembrado, com a decisão de julgar separadamente os réus que estavam presos e um foragido. A medida visa garantir a celeridade do processo e a aplicação da justiça de forma individualizada.

Impacto da Operação

A Operação Paraíso Marcado e as condenações dela decorrentes representam um marco no combate ao crime organizado em Mato Grosso do Sul. A ação conjunta do MPMS e do Gaeco demonstra o compromisso das autoridades em desmantelar as facções criminosas e levar os culpados à justiça.