Mulher é condenada por cárcere privado e participação em organização criminosa

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O Tribunal do Júri da Capital sentenciou, nesta terça-feira (25), Thaynara Ribeiro Gomes, de 26 anos, a 6 anos de reclusão por cárcere privado e participação em organização criminosa. A decisão judicial é mais um desdobramento do caso que culminou na morte de Felipe Batista de Carvalho.

Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), Thaynara atraiu Felipe para uma residência no bairro Jardim Centro Oeste. No local, a vítima foi mantida em cárcere privado e submetida a um "tribunal do crime" da facção PCC (Primeiro Comando da Capital), que determinou sua execução por enforcamento.

Este julgamento ocorre após a condenação de outros dois envolvidos no crime, Bruno Henrique Soares Ortega e Maykon Leiva Monção, em outubro de 2024. Bruno Henrique foi sentenciado por homicídio qualificado, cárcere privado e participação em organização criminosa, sendo apontado como um dos líderes da ação. Maykon Leiva Monção também foi condenado pelos mesmos crimes, por ter transportado a vítima até o local da execução.

A investigação aponta que Felipe foi capturado sob a acusação de se relacionar com uma menor de idade, o que contrariava as normas internas da facção criminosa. As provas colhidas, incluindo depoimentos e perícias, fundamentaram as condenações.

O desaparecimento de Felipe Batista de Carvalho foi registrado em 17 de abril de 2022, em um boletim de ocorrência feito por seu pai. A vítima havia se mudado para Campo Grande após uma promessa de emprego, onde conheceu Thaynara e se envolveu com a filha da mãe de um conhecido. A situação teria motivado a ação da facção criminosa.

O pai de Felipe chegou a ser informado que o filho seria apenas punido com agressões, mas posteriormente soube que ele havia sido classificado como "jack" (termo para estuprador) pela facção e que seria executado. A mãe do conhecido de Felipe também informou ao pai que o "comando" havia levado o jovem para ser assassinado.

As condenações de Thaynara Ribeiro Gomes, Bruno Henrique Soares Ortega e Maykon Leiva Monção representam um avanço na resolução judicial do caso.

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