Mato Grosso do Sul superou o limite prudencial de gastos com pessoal no primeiro quadrimestre deste ano, conforme a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). O relatório de gestão fiscal mostra que o estado destinou 46,92% da receita corrente líquida (R$ 9,68 bilhões) para despesas com pessoal, ultrapassando o limite de 46,55% (R$ 9,6 bilhões) em R$ 80 milhões.

A principal razão para essa situação é a frustração de receitas, impulsionada pela queda de 29% nas importações de gás natural da Bolívia, que geraram US$ 123 milhões a menos em comparação com o mesmo período de 2024.

Apesar do aumento nos gastos, a receita nominal do estado está em crescimento, somando R$ 2,57 bilhões em abril. No primeiro quadrimestre, a Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) revisou a estimativa de receita anual para R$ 24,21 bilhões, ligeiramente acima do previsto inicialmente.

Um relatório do Tesouro Nacional referente ao primeiro bimestre revelou que, enquanto as receitas correntes aumentaram 8%, as despesas correntes subiram 25%, indicando que os gastos cresceram 3,1 vezes mais que as receitas. A folha salarial é apontada como um dos principais fatores para esse aumento, comprometendo 60% do faturamento do estado no período.