No decorrer deste ano, Mato Grosso do Sul já testemunhou um total alarmante de dez casos de feminicídios. A trágica marca foi alcançada após dois terríveis incidentes ocorridos na mesma noite de sexta-feira (22), nas localidades de Jardim Centenário e Nova Campo Grande, na capital Campo Grande.

Segundo dados fornecidos pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública do estado (Sejusp), desde janeiro foram registrados três casos, seguidos por mais quatro em fevereiro e outros três até o último dia 22 de março. Destes, três ocorreram na capital e sete nas áreas rurais.

O primeiro caso de feminicídio em 2024 ocorreu em 3 de janeiro, na cidade de Sidrolândia, quando Luciane Braga Morales, de 50 anos, foi brutalmente enforcada por seu marido, Anilson Ramão Dias Maciel, de 45 anos, que foi preso em flagrante após o incidente.

No Jardim Centenário, um dos bairros de Campo Grande, ocorreu o primeiro dos dois casos na fatídica noite de sexta-feira. Renata Andrade de Campos Widal, de 39 anos, foi vítima de uma crueldade indescritível ao ser apedrejada e quase degolada pelo próprio irmão.

O segundo incidente, em Nova Campo Grande, foi marcado pela morte de Dayane Xavier da Silva, de 29 anos, que foi assassinada pelo marido, Tiago Echeverria Ribeiro, após uma discussão originada por um episódio de assédio sexual. Ribeiro atacou Dayane com uma faca, resultando em sua morte.

Ambos os casos estão sob investigação das autoridades competentes, incluindo a Delegacia de Atendimento à Mulher de Campo Grande e outras unidades policiais do estado. Esses trágicos eventos destacam a urgência de medidas para combater a violência de gênero em Mato Grosso do Sul e em todo o país.