Mato Grosso do Sul apresenta as maiores taxas de violência contra pessoas trans no Brasil, segundo o Índice de Monitoramento dos Direitos LGBTQIA+, lançado pelo Instituto Matizes. O estudo, divulgado no Dia da Visibilidade Trans (29/01), coloca o estado ao lado de Rio Grande do Sul, Goiás, Acre, São Paulo, Rondônia e Roraima nesse preocupante cenário.

O levantamento, que avalia as políticas públicas LGBTQIA+ em todo o país, atribuiu a MS a maior pontuação no eixo "Insegurança e violências", que considera notificações de crimes, mortes e agressões. A pesquisa utilizou dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e do Disque 100.

Apesar do cenário preocupante em relação à segurança, MS destaca-se positivamente em outros aspectos. O estado lidera em iniciativas voltadas para a população trans, com ações e programas estaduais. No entanto, o estudo aponta a falta de recursos para essas iniciativas, com MS recebendo a menor pontuação no eixo "Planejamento orçamentário".

O índice também avaliou a gestão, participação e transparência das políticas LGBTQIA+, onde MS obteve boa pontuação, indicando a existência de conselhos e secretarias que atuam com a agenda LGBTQIA+.

No geral, MS recebeu uma pontuação média no índice geral de direitos LGBTQIA+. O Instituto Matizes destaca que o estudo revela avanços importantes no Brasil, mas também aponta desafios, especialmente na área da segurança e na criação de leis e políticas de proteção.