MPMS mantém bloqueio de bens de ex-secretário acusado de desvio em contratos de tapa-buracos

| Créditos: Deurico/Arquivo Capital News

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) se opôs ao pedido de desbloqueio de 21 imóveis e R$ 610.630,43 em contas do ex-secretário de infraestrutura de Campo Grande, João Antônio de Marco. Os bens foram bloqueados em ação de improbidade administrativa que investiga desvios de recursos públicos em contratos de tapa-buraco na gestão do ex-prefeito Nelsinho Trad (PSD).

O promotor Adriano Lobo Viana de Resende argumenta que o ex-secretário tenta "constantemente dilapidar seu patrimônio e esconder o real valor em sua posse". A decisão sobre o desbloqueio cabe ao juiz Ariovaldo Nantes Corrêa, da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos.

O MPMS aponta que De Marco teria sacado grandes quantias em dinheiro e utilizado contas de familiares para ocultar a origem ilícita dos recursos. A defesa do ex-secretário alega que os bens estão bloqueados há oito anos e que a ação ainda está em fase inicial.

João Antônio de Marco e outras 19 pessoas são réus em ação por desvio de recursos em licitações de tapa-buracos que não teriam sido realizados. O esquema envolvia direcionamento de contratos, sobrepreço, falta de fiscalização e falsificação de medições. A Justiça determinou o bloqueio de R$ 315.891.321,37 de cada um dos réus.

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