Na mais recente reviravolta do caso que abalou Mato Grosso do Sul, o Ministério Público Estadual autorizou o acesso à delação premiada do ex-servidor Tiago Basso da Silva para sete dos 22 réus da terceira fase da Operação Tromper. Esta delação, que agora está disponível para investigados, pode ter ramificações sérias para a prefeita de Sidrolândia, Vanda Camilo, envolvendo-a diretamente no esquema de corrupção.
A decisão, anunciada pela promotora da 3ª Promotoria de Justiça de Sidrolândia, Bianka M. A. Mendes, na última segunda-feira (13), abre uma nova fase na investigação que abalou a região. Os réus, incluindo o vereador de Campo Grande Claudinho Serra, apontado como líder do esquema, agora têm acesso às informações cruciais fornecidas por Tiago Basso da Silva, ex-funcionário da Prefeitura de Sidrolândia.
Segundo as acusações, o grupo de empresários e servidores desviou recursos da Prefeitura de Sidrolândia, situada a 70 km de Campo Grande. Claudinho Serra, juntamente com outros réus, permaneceu preso preventivamente por 23 dias em abril, antes de serem liberados com o uso de tornozeleiras eletrônicas.
A decisão de conceder acesso à delação foi baseada na garantia dos princípios da ampla defesa e do contraditório, segundo a promotora. Os réus citados poderão agora examinar detalhadamente os termos da colaboração premiada, potencialmente revelando novos aspectos do esquema de corrupção.
Além disso, a figura da prefeita Vanda Camilo entra em foco, com a delação implicando-a no escândalo. As investigações apontam que Tiago Basso teria recebido vantagens indevidas e repassado informações sigilosas sobre procedimentos licitatórios, beneficiando empresas específicas. Com a suposta implicação de Vanda Camilo no esquema, a investigação alcança um novo patamar de complexidade.
Contudo, a investigação envolvendo a prefeita depende do Procurador-Geral de Justiça, Romão Avila Milhan Júnior, ou de quem ele designar para liderar o caso. O desdobramento da situação política de Sidrolândia e o desenrolar deste escândalo de corrupção aguardam os próximos passos do Ministério Público de Mato Grosso do Sul.
