MPMS apura possível calote de R$ 5 milhões em investidores ligados a consórcios e corretoras em Campo Grande
- porRedação
- 07 de Abril / 2025
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Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MPMS) | Créditos: Reprodução/ MPMS
O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) converteu em inquérito civil a investigação sobre denúncias de prejuízo de cerca de R$ 5 milhões sofrido por investidores em Campo Grande. O caso envolve o gerente da Ademicon, Maruélio Obenaus, acusado de intermediar contratos de investimentos supostamente lesivos.
De acordo com a denúncia encaminhada em julho de 2024 à 25ª Promotoria de Justiça, oito investidores teriam firmado contratos com Obenaus para aplicações via Global Holding, por meio da Ademicon, com operações executadas por corretoras como a Invest X. Os contratos prometiam saques trimestrais de rendimentos e resgate total após 12 meses.
Contudo, segundo o advogado dos investidores, Gervásio Alves de Oliveira Junior, a Invest X passou a atrasar os pagamentos a partir de novembro de 2023 e deixou de cumprir qualquer solicitação de resgate. O relatório aponta que a empresa, que prometia rendimentos acima do CDB, não tinha autorização do Banco Central para operar.
Obenaus, por sua vez, afirma também ter sido lesado pela Global Holding e já ingressou com ação contra o grupo. A Ademicon nega envolvimento nas supostas irregularidades e alega, em audiência com o MPMS, que não tem responsabilidade sobre os contratos firmados.
O promotor responsável, Antônio André David de Medeiros, deu prazo de 15 dias para manifestação da Global Holding e da Invest X, que ainda não responderam à promotoria. A defesa de Obenaus informou que não está autorizada a comentar o caso, e a reportagem aguarda retorno da assessoria da Ademicon. A Global Holding não foi localizada.