MP investiga contratação de escritório ligado a investigados por corrupção pela Câmara de Campo Grande

| Créditos: Foto: Reprodução/CMCG


O Ministério Público Estadual (MPE) abriu um inquérito para investigar a contratação do escritório Bastos, Claro & Duailibi Advogados Associados pela Câmara Municipal de Campo Grande. A advogada Camila Cavalcante Bastos, sócia do escritório, e seu pai, o desembargador Alexandre Bastos, são investigados por corrupção e venda de sentenças na Operação Ultima Ratio, deflagrada pela Polícia Federal em outubro do ano passado.

A investigação do MPE, conduzida pelo promotor Humberto Lapa Ferri, apura a legalidade da dispensa de licitação para a contratação do escritório e o aumento do valor do contrato de R$ 150 mil para R$ 300 mil anuais, realizado pelo presidente da Câmara, Epaminondas Neto, conhecido como Papy (PSDB). O escritório também tem como sócia Kátia Regina Bernardo Claro, esposa do presidente da Assembleia Legislativa, Gerson Claro (PP).

Apesar de a Câmara Municipal possuir procuradores concursados, o contrato com o escritório de advocacia foi mantido e teve seu valor elevado. A Operação Ultima Ratio, que afastou o desembargador Alexandre Bastos de suas funções, investiga repasses do escritório para o desembargador e uma empresa ligada a ele. Camila Bastos renunciou ao cargo de vice-presidente da OAB/MS após a operação.

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