Em repúdio à proposta do governo federal para regulamentar o trabalho por aplicativos em todo o país, a Associação dos Motoristas de Aplicativos de Campo Grande organizou um protesto marcado para a manhã desta terça-feira (26) na Avenida Afonso Pena. Cerca de 500 carros são esperados para participar do ato, que tem como líder Paulo Pinheiro, de 53 anos, representante da Applic-MS.

A indignação da associação é clara: consideram a proposta como um desrespeito à categoria. Segundo Paulo Pinheiro, a medida proposta pelo governo tornaria a atividade praticamente inviável. O protesto visa chamar a atenção dos legisladores que votarão o projeto de lei assinado pelo presidente Lula em 4 de março.

Paulo Pinheiro lamenta não ter havido inclusão dos motoristas nas negociações, que foram conduzidas apenas entre sindicatos, uma plataforma de aplicativos e o governo. Ele destaca que a proposta prevê um pagamento de apenas R$ 32 por hora de viagem, deixando os motoristas com uma carga significativa de despesas, como sindicato, impostos, internet e combustível.

A associação alerta para possíveis transtornos aos usuários dos serviços de aplicativos, prevendo demoras no atendimento devido à adesão massiva dos condutores ao protesto. E enfatiza que não deseja ver políticos usando a causa dos motoristas como bandeira eleitoral nas próximas eleições municipais.