O artista plástico Adilson Schieffer Martinez, de 67 anos, faleceu nesta terça-feira (28) após sofrer uma parada cardíaca. Ele enfrentava complicações de saúde desde outubro do ano passado, agravadas por problemas cardíacos e, mais recentemente, por uma trombose na perna. A suspeita é que o trombo tenha migrado para o coração.

Adilson foi um dos grandes nomes da arte em Mato Grosso do Sul, conhecido por preservar e promover a iconografia indígena, com destaque para a etnia kadiwéu, e por suas obras que resgatavam símbolos arqueológicos da região. Natural de São Manuel (SP), ele consolidou sua carreira em Campo Grande, onde uniu pesquisa e criação artística em torno das tradições indígenas e da cultura do Pantanal.

Além de artista, Adilson foi curador e cenógrafo da TV Educativa, onde trabalhou por sete anos. Fundador da Unidade Guaicuru de Cultura, sua paixão pelo Pantanal e pela arqueologia moldou sua produção artística única, que retratava a identidade regional.

Em 2023, mudou-se para Junqueirópolis (SP), onde continuou a produzir e manifestou o desejo de explorar temas religiosos, com foco na iconografia católica. Segundo sua filha, Raíra Martinez, ele ainda planejava novos trabalhos no fim de semana em que faleceu.

Adilson deixa duas filhas, esposa, três netos e um legado inestimável para a cultura de Mato Grosso do Sul. O velório ocorre hoje, e o sepultamento está marcado para amanhã (29), às 9h, no cemitério local.